Foi-se
Mas ficou
Riu-se
Mas chorou
De fora pra dentro
Meu deserto é fundo
Desentendo-me
Ah se aqui tivesse
A tua amizade dourada
Ou qualquer outra que me
soubesse ler
Que me soubesse ser
sem segredo
São milhares de pessoas
Levanta!
É dia de ter euforia
É hora de perder o tempo
Deixar-se no limiar
Hoje é tudo experimento,
momento
De não ter sentido
De ser o que não se é
Ou o que sempre foi
Enfim
Está reservado o presente
Finalmente
Finalmente
Tenho até o aval dos meus
inimigos
Para ser feliz
[se eu soubesse sê-lo
Se alguém soubesse...]
Está permitido
É necessário
Mas minha briga
é nos outros 360 dias
é nos outros 360 dias
Em que sou
O contrário
As senhas
Filas
Rótulos
Roteiros
E nenhuma multidão me segue
À alma não se define
O dia de ser alegre
Só morrendo dia a dia
Só engolindo agonia
Pra desencantar
Apodrecer
Toda a trouxa do passado
Fede no meu armário
Posso não viver em mim
Por hoje?
Nem amanhã talvez
Que cálculo errado do
destino
Acontece
Que vale sonhar com o
além-mundo
Que nunca existirá
Besta sou eu
E não tu
Por que ouro não me reluz?
Dá pra não estar
sempre
sempre
Em profundidade?
Esquecer a mentira e a
verdade
Se fosse eu me pedia
Pra fechar pra balanço
Por mais um dia
Mas tormento vira beleza
... Alquimia da arte
Do lado de cá é
sobrevivência
Do outro
Sabe-se lá
Pode ser tendência,
Pode ser passatempo
Pode ser estar vivo
Pode ser sonhar
"Só morrendo dia a dia pra sobreviver" . É mais ou menos por aí. Amei tua poesia. Meu blog tem proposta semelhante. Caso queira publicar um poema no meu blog , é só falar. Vou linkar no meu Varal de Poesia. Parabéns!
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